Ministros do STF no julgamento do processo que envolve a questão das cotas. |
1°) Nunca deixamos de ser essencialmente preconceituosos.
Como explicar para seus filhos que brancos e negros são iguais em dignidade e ao mesmo tempo explicar que os dois grupos tem diferentes formas de tratamento no ensino superior? A sociedade só pode ser verdadeiramente igualitária se todos forem iguais em deveres e direitos. E estes direitos não podem interferir no direito do outro. É questão de pura justiça. Será justo o negro que tira nota 7 ter preferência a uma vaga frente a um branco que tira nota 8?
Os grupos que defendem a prática responderão: "Mas o negro tira nota 7 porque não teve acesso à mesma qualidade de educação que o branco teve. Além disso, refere-se a uma questão de justiça histórica pelos tempos de marginalização do negro."
Quanto ao argumento da justiça histórica, pergunto: É certo remediar discriminação com mais discriminação?
Já o argumento sobre a qualidade da educação no leva a questão: Todos os negros recebem educação de péssima qualidade? Somente negros recebem educação de péssima qualidade? Isso nos leva também ao segundo retrato;
Qualidade na educação é real e profunda solução para estes problemas. |
2°) O Brasil costuma tomar medidas "tapa-buraco" que não resolvem os problemas em sua essência.
Estabelecer cotas em universidades é muito mais prático, barato e aparentemente justo do que investir em educação de qualidade para todos, negros e brancos. Pois se tivéssemos qualidade no ensino público, mesmo com o retrospecto de discriminação, teríamos igualdade de oportunidades entre todos e ajudaríamos não só os negros, mas todos os socialmente excluídos.
Espero que o STF entenda isso, mas me baseando nas recentes "cagadas" que a suprema corte tem tomado, já não posso esperar boa coisa.
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