sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

A ação do cidadão como agente transformador. Para onde estamos indo?

Olá leitores, como sempre venho com um desculpa mais que esfarrapada para a pouca atenção que dou ao blog. Dessa vez são os estudos para o concurso do INSS. Mas sempre dou um jeito de falar sobre alguma coisa.
Seminário de Cultura e Patrimônio na Câmara Municipal

Esta manhã estive na Câmara Municipal onde acontece o 1° Seminário de Cultura e Patrimônio promovido pela Prefeitura Municipal de Pedreiras e Fundação João do Vale. O seminário abordou os temas relativos ao desenvolvimento cultural promovida pela fundação que leva o nome do maranhense do século além de discutir os planos elaborados e blá blá blá... Não vou falar do seminário em si, até porque vi vários dos meus colegas blogueiros por lá e gente pra falar nisso não vai faltar, mas sim do que percebi ao olhar os rostos dos participantes do encontro. SÃO SEMPRE OS MESMOS.
Crianças atendidas pela Fundação João do Vale se apresentam

Em todo lugar: jornais, rádio, televisão, não falta gente pra reclamar da falta de atitude dos órgãos públicos (que existe mesmo) e pra dar mil e uma ideias do que poderia ser feito em relação a este ou aquele problema. Só que, por motivos que ainda tento entender, estes reclamões e idealistas nunca estão presentes nas reuniões, seminários, palestras e grupos de discussão que envolvem os problemas do nosso cotidiano.

"Ah, e eles existem?" (Leitor rabugento)
Sim, eles existem. Exemplos não faltam. Além deste sobre a cultura vou citar, dos mais recentes, a Conferência Municipal do Meio Ambiente, em janeiro, a discussão sobre a elaboração do Plano Diretor Urbano do município, em novembro, a audiência pública sobre a criação do Comitê de Bacia do Rio Mearim, em outubro, e tantas outras. Só que, como citei, só se vêem os mesmos rostos, as mesmas pessoas, as mesmas promessas, o mesmo blá blá blá. Onde está a população, o agente cidadão nestas horas?

Tenho minhas teorias:
1 - Eventos dessa importância não recebem 10% da divulgação que um show de Forró Sacode (mais um?) teria em nossa cidade. Tem gente que não participa porque nem sabia que tinha.
2 - Muitos dos que sabem que tem preferem o conforto de suas cadeiras e rodas de fuxico nas calçadas de casa do que ir lá e, se não possui o dom ou a coragem da palavra pra perguntar, pelo menos esclarecer-se,  se inteirar do que se está  fazendo ou se pretende fazer pela nossa comunidade.
3 - A comunidade ainda não tem o senso de cidadania suficiente pra se entender como agente transformador da realidade. Acham que cidadania e democracia é só votar e os governos que se virem. Meu trabalho é cobrar deles, só isso.
4 - Não é do interesse de muitos grupos, principalmente políticos, que o povo tenha essa cosciência, pois aí, muitas máscaras cairão e paradigmas serão quebrados.

Bem, provoquei com algumas teorias. Elas podem andar juntas, sozinhas ou serem conflitantes. Mas essa é a questão: o que falta pra sermos uma sociedade participativa?


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