sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Entenda essa coisa toda de inflação

Olá leitores! Que semana complicada pra mim. Entregar monografia, resolver problemas da formatura... Um caos. Mas arrumei um tempim pra postar no blog hoje.

Quaaase sempre eu baseio minhas postagens nas notícias que a gente vê por aí. Hoje vi uma bem interessante sobre um assunto que todo mundo escuta falar, mas pouca gente entende: a inflação. Pouco gente virgula (,) muita gente entende, mas são as pessoas da geração até no máximo 1970 que conviveu amargamente com ela.

Pro pessoal da nossa "estirpe" (nascidos nos anos 1980/90) eu resolvi fazer esse texto pra você entender um pouco mais do noticiário que (assim espero) você acompanha (até porque a chance disso cair em atualidades em um concurso é enorme).

Inflação é, basicamente, a subida dos preços das coisas. Se algo custava R$ 10,00 em um período e no outro período ela passou a custar R$ 11,00, isso quer dizer que ela sofreu uma inflação de 10% nesse período. O contrário da inflação, a queda nos preços, chama-se deflação (algo muito raro de se ver). Existem casos que a inflação fica tão descontrolada que ela passa a ser chamada de "hiperinflação".
Quem trabalhava eram essa bixinhas de por preço, todo dia tendo que remarcar os preços das coisas.

O Brasil viveu momentos de hiperinflação no fim dos anos 80 e início dos anos 90, coincidentemente ou não, durante os governos Sarney e Collor. Se hoje nós nos preocupamos com a inflação anual, nesse período o brasileiro puxava os cabelos com a inflação diária. Ela chegava a 4% ao dia, ou 1000% ao ano. Sabe o que é 1000%?

Digamos que você pague R$ 14,00 por aquela pizza na beira do rio. No dia seguinte ela já aumentaria pra R$ 14,56. Um ano depois ela já estaria custando R$ 154,00! Como diria um vendedor da polishop: "É ISSO MESMO, R$ 154,00 por uma pizza!!!". As pessoas recebiam seus salários e corriam pra gastar o dinheiro, já que no dia seguinte ele não valeria mais o que valia antes. Por isso, todo mês tinha aumento de salário, pras pessoas poderem comprar as coisas que subiam. Olhe a Carteira de Trabalho de alguém dessa época: os salários são reajustados todos mês e em um ano chegam a crescer na casa dos milhares. Claro, o aumento só acompanhava a subida dos preços, não era aumento real.
Chegou ao ponto de que as famílias dos homenageados não queriam seus rostos nas cédulas.

As consequencias disso também se refletiam na moeda. Tinha, por exemplo, uma cédula de 100 cruzeiros (Cr$). Como em pouco tempo, Cr$ 100,00 não valia nada, criava-se uma cédula de Cr$ 1.000,00. Mais um tempo, e a cédula de mil também não valia muita coisa, então passava-se à de Cr$ 10.000,00. Em pouco tempo tínhamos cédulas milionárias. O que fazer então? Cortava-se esse monte de zeros criava-se uma nova moeda. Logo esses caralhocentos mil cruzeiros viraram 10 cruzados (Cz$). Só que aí tudo recomeçava, o dinheiro perdia valor e lá vinham Cz$ 100,00, Cz$ 1.000,00, Cz$ 100.000,00... Corta zero de novo e outra moeda, o Cruzado Novo (NCz$). Ainda tivemos a volta do Cruzeiro e o Cruzeiro Real.

A coisa ficou tão maluca que cheou ao ponto de não dar tempo do Banco Central emitir novas cédulas e colocar em circulação. A solução: carimbar as cédulas velhas com os valores novos (o.O).
Cédulas de Cruzeiros, carimbadas como sendo Cruzeiro Real (que p*#@& é essa?)

Essa balbúrdia só terminou com o Plano Real, que além de criar o Realzin que temos até hoje, tomou uma série de medidas pra acabar com a inflação. De 4% ao dia no fim dos anos 80, o governo divulgou que o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que é a média do aumento de preços de todos os seguimentos para toda a população medido pelo IBGE, apontou uma inflação de 6,5% em todo o ano de 2011.

Nesse vídeo olhem que ainda teve uma "paradinha" duma tal de URV pra embolar mais ainda o meio de campo do troca troca de moeda.

O Real já não vale tanto como em 1994 (eu comprava um cachorro quente e um refrigenrante KS por R$ 1,20, acredita?) já que a inflação tá aí todo ano, mas dá agora pra você ter uma ideia de porque ela é tão temida.

Abraços, e torçamos por inflações menores ainda....

2 comentários:

  1. Boa explicação, bem didática. Parabéns.
    Acho que poderia ser incrementada com uma explicação sobre os juros na economia, né? Seria uma boa.
    Pra todo caso, achei ótimo o texto.
    Abraços

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  2. Aí vc já tá superestimando meus conhecimentos sobre economia kkkkkkk

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