terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Tudo demais é veneno, ou como diria o Seu Madruga: PRE-RI-GO!

Olá leitor que nao tem mais o que fazer e veio parar neste blog. É legal como parece que a inspiração brota do nada pra eu postar alguma coisa. Acordei hoje com uma frase na cabeça: "Tudo demais é veneno". Minha mãe sempre diz isso.
Nem todo veneno tem esse aviso de PRE-RI-GO!

Dando uma olhada pelas notícias do dia encontrei essa: o Google, o Facebook e a Amazon estão ameaçando parar em protesto caso uma lei americana antipirataria seja aprovada. A notícia somada a frase com a qual acordei hoje vão apontar a reflexão que quero fazer hoje com vocês: até onde o que é "bom" é bom mesmo?

Você sabe o que é superhidratação? Ou equilíbrio eletrólico? O primeiro é o excesso de consumo de água que por sua vez causa distúrbios no segundo que é o equilíbrio dos eletrólitos, fundamentais para a manutenção da homeostase do organismo que é a regulação de vários aspectos do corpo tais como temperatura e elementos químicos.
Ela é uma delícia mesmo sem ter gosto. Mas tome 30 litros dela pra você ver o que acontece...

Encerrando a aula de biologia, você já notou que o que relatei acima é um problema causado em quem bebe água de mais? ÁGUA! A fonte da vida, principal ingrediente do corpo humano. Em excesso ela pode até matar. E quantas outras coisas boas podem até, literal ou figurativamente falando, matar? Gostaria de citar duas polêmicas: a liberdade e a democracia.

Não falo mal de quem luta por estas duas coisas, principalmente se esta pessoa viveu os horrores da ditadura militar e de qualquer cerceamento da liberdade na história recente do Brasil, mas tudo tem que ter um contraponto. Até onde vamos chegar com a liberdade? Até que ponto a democracia é benéfica?

"A voz do povo é a voz de Deus". Frase corriqueira entre os democratas, a considero falsa. A voz de Deus é única e coerente. A voz do povo é volúvel é influenciável. A voz do povo de dois em dois anos coloca Sarneys no Senado, Collors no Congresso, Malufs na Câmara, Sarneys no Governo, e tantos outros "fulanos" nas prefeituras. Este é o revés da democracia: ela nunca é autêntica, pura. O povo não vota pelo bem da nação, vota pelo seu próprio bem que nem sempre é o bem de todos.
Isso aqui é fruto da "amada, idolatrada, salve, salve, democracia"

E a liberdade? Hoje temos liberdade pra tudo e por mais imoral que possa ser um ato, temos que respeitar a "liberdade" de todos. A TV pode exibir todo tipo de lixo e baixaria, perseguir e constranger quem for e ai de quem se atrever a reclamar que são logo acusados de atacar a "liberdade de expressão". Ninguém pode mais se escandalizar com as loucuras sexuais vistas por aí, são perseguidores do c* alheio, assassinos da "liberdade sexual". Um governo não pode criar uma lei que proteja aqueles que produzem arte e a vêem sendo explorada comercialmente por outrem, isso é censura, e logo os grandes propagadores da pirataria ameaçam boicotar a liberdade em nome da liberdade!
Isso é fruto da "liberdade sexual e de expressão"

Enquanto isso, vivemos na terra do "tudo pode", não temos mais um pingo de vergonha na cara, nos degradamos fisica, moral e socialmente e somos incapazes de fazer outra coisa, pois nunca criamos um meio termo entre a liberdade absoluta e a ditadura. Esse é o grande mal do ser humano: somos uma espécie de extremos, não aprendendo a lição com nosso próprio corpo, baseado no EQUILÍBRIO.

4 comentários:

  1. Olá Ricardo. Muito bom o texto, assim como seus outros posts. Como sempre uma linha que reúne sarcasmo, ironia e uma tentativa de coerência racional. Apesar de achar que separa a religião das coisas corriqueiras da sociedade, em que o Deus que conhecemos não tem nada a ver com as relações sociais e a sociabilidade, o que denota um Deus não representável, admiro seus textos. Nesse aqui, em especial, me veio a cabeça um comentário pequeno, em relação a democracia. Pensar a democracia apenas como o voto é pensá-la esvaziada de sentido, um conceito vago, é reproduzir o mesmo conceito que a elite (que é eleita de 2 em 2 anos) e a mídia (pertencente a essa mesma elite) reproduz. A democracia nesses moldes é apenas votar, supostamente escolher os representantes. Isso seria imaginar uma sociedade em que cada um vive por si, sem a contradição fundamental na psicanálise freudiana, e nem o EU lacaniano com sua alienação, e sua produção de simbolismo da sociedade.
    Assim, creio que a democracia deva ser pensada para além disso, desse estritamento relacional com o voto. Ela deve ser pensada em uma sociedade com contradições e crivada de relações sociais, contraditórias, duais, em que o sujeito produz e é produzido.
    Sávio José

    ResponderExcluir
  2. O blog saltou 100% de qualidade agora que recebi um comentário de ninguém menos que Sávio José. Sabendo que é impossível chegar ao nível de conhecimento e maturidade social que você tem, já que se chegar ao seu nível de hoje você já estará bem mais à frente ainda tento me justificar nos seus pontos: A minha religiosidade e compreensão de Deus me impede de ser imparcial mesmo quando o assunto é religião. Acredito que existem dois "deuses": o que é usado pela sociedade, e "O Deus!". Se me entende nesse ponto, sempre falo desse "O Deus!". Quanto a democracia, eu entendi essa parte de sua aula. Mas justamente pra ser mais claro, usei o exemplo do voto, entendido por democracia pela maioria das pessoas.
    Teria um grande prazer de publicar um texto seu, manda aí.
    Abraço.
    Ricardo.

    ResponderExcluir
  3. Heheheh......Ricardo....eu preciso de mais um post pra entender toda essa miscelânia....

    ResponderExcluir
  4. É Josiane, acho que poderia ter sido um pouco mais claro. Mas nunca deixe de apontar os erros, é assim que vamos crescendo.
    Abraço!

    ResponderExcluir